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sexta-feira, 26 de junho de 2009

Pai.

Há cinco anos perdia um grande ídolo, uma grande pessoa, um grande companheiro, um grande amigo, um grande PAI!
Me lembro no dia 25/06/2004 a noite, estava toda feliz com a noticia que iria vê-lo no dia seguinte, e que no Domingo ele iria sair do Hospital. Acordei animada no Sábado para ir passar o dia com meu papai no Hospital, seu ultimo dia naquele bendito Hospital. Era um dia lindo, e ele estava com aquela carinha de palhaço que só ele tinha! Estava tão fofo, abracei-o, dei comida, até que ele vira e pede: “Ô filha me da um copo de coca-cola” Como você diz não? Falei que ia da um jeito, fui até a enfermeira e falei com ela... ela disse que podia tomar um pouquinho, desci correndo e comprei e quando voltei ele tomou com uma vontade!
Era de tarde, já estava quase na hora de ir embora, mas ainda podia curtir um pouco meu paizinho, e quando chegasse em casa iria arrumá-la para aguardar a grande chegada dele. Até que o telefone tocou, era minha mãe. Olhei para o papai e ele soluçava forte, não acreditei que ele estava passando mal, o que podia acontecer? O médico disse que ele estava bem, como ele podia passar mal? Dei uma desculpa qualquer para mamãe e ajoelhei ao lado de meu pai, peguei a sua mão e perguntei: “Pai, o que foi? O que você ta sentindo?” Ele apenas disse que não era nada e que estava assustado. Até que ele paralisou. Não, isso não podia acontecer. Meu pai passando mal? E eu ali, sozinha com ele? Não sabia o que fazer. A enfermeira, que já estava no quarto chamou os médicos, corri para fora. Sei que não ia acontecer nada com meu pai, pois ele iria dançar a valsa dos meus 15 anos comigo, iria me ver entrando na Faculdade, e depois iria me ver formando. Iria cuidar de seu neto mais tarde, não, não podia acontecer nada com ele. Liguei para minha tia, ela foi pra lá. Depois de muito tempo o médico saiu do quarto e veio com toda aquela historia que a gente não entende nada. Até que no final disse apenas que ele havia falecido. Não, não era meu pai, não era ele que havia morrido, não era ele que havia ido embora e me deixado aqui.
Meu Pai faz muita falta, tenho uma mãe ótima, que não quero nem pensar quando ela se for. Mas é duro quando você perde alguém, e você tem a certeza que ele não vai mais voltar. É estranho. Mas Deus é grande, e não me deixou desamparada, me deu 10 priminhos depois que meu pai foi pro céu, e esses priminhos que são o meu consolo. Quando estou triste, sempre aparece um para me alegrar! Amo as crianças, elas são o melhor remédio para a tristeza.
PAI TE AMO!